Educação e memória
afro-brasileira.
Plataforma de conteúdo e ensino que facilita o acesso às informações sobre a história e a cultura afro-brasileira.
Lugares e Monumentos
Conheça os espaços responsáveis por manter a história e a cultura afro-brasileira vivas, conectando pessoas, conhecimentos e ações.
Localizado no bairro da Madalena, área central da cidade do Recife/PE, o Museu da Abolição tem como missão institucional preservar, pesquisar, divulgar, valorizar e difundir a memória, os valores históricos, artísticos e culturais, o patrimônio material e imaterial dos afro-descendentes, por meio de estímulo à reflexão e ao pensamento crítico, sobretudo quanto ao tema abolição, contribuindo para o fortalecimento da identidade e cidadania do povo brasileiro.
A Praça dos Orixás se localiza em Brasília, às margens do Lago Paranoá, ao lado da Ponte Honestino Guimarães, na margem do lado da Asa Sul. Situada aproximadamente a 4 km do ponto de encontro dos eixos Central e Monumental de Brasília, região central da cidade, é um dos cartões postais de Brasília. É ponto de referência das práticas religiosas de matriz africana.
O Cais do Valongo é um sítio arqueológico dos vestígios do antigo cais de pedra construído pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro para o desembarque no Rio de Janeiro de africanos escravizados a partir de 1811. O objetivo era retirar da Rua Direita, atual Primeiro de Março, o desembarque e o comércio de africanos escravizados. Assim, o Valongo se tornou a principal porta de entrada do País. Os escravos acabavam nas plantações de café, fumo e açúcar do interior e de outras regiões do Brasil. Os que ficavam geralmente terminavam como escravos domésticos ou usados como força de trabalho nas obras públicas.
Rua da Glória - localizada no bairro da Liberdade na cidade de São Paulo. No século XIX, “rebeldes” eram executados no Largo da Forca e enterrados a poucos metros de lá, onde hoje está a rua dos aflitos.
QUEM CONSTRÓI A HISTÓRIA ATUAL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA?
Rapper, empresário, escritor e apresentador. Emicida é um dos principais nomes da arte e entretenimento brasileiro.
Heroínas e Heróis
Conheça personalidade importantes do nosso passado, responsáveis pela construção da história e da cultura afro-brasileira.
O ano era 1770 e uma mulher negra, mãe, escravizada, escreveu uma carta em 6 de setembro, endereçada ao governador da capitania do Piauí. Em ato de insurgência às estruturas que a desumanizavam, ela denunciava as situações de violência que ela, as companheiras e seus filhos sofriam na fazenda de Algodões, região próxima a Oeiras, a 300 quilômetros da futura capital, Teresina.
No Recôncavo baiano (Santo Amaro) dia 13 de janeiro de 1854 nasce Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata.
Tia Ciata, foi uma das responsáveis pela sedimentação do samba-carioca e tornou-se uma espécie de primeira dama das comunidades negras da Pequena África.
Juliano Moreira é com frequência chamado de “fundador da psiquiatria no Brasil”. O que poucos contam é que ele era negro e africano de origem. Se não foi pioneiro no ensino oficial da disciplina no país, que teve início em 1881, com Nuno de Andrade e Teixeira Brandão, Juliano Moreira foi ao menos o primeiro professor universitário brasileiro a incorporar a teoria psicanalítica no ensino da medicina, isso sem esquecer seu papel inovador no atendimento de pacientes manicomiais.
Foi vendedora ambulante, dançarina, empregada doméstica e educadora infantil. Em 2006, Marielle integrou a equipe da Comunidade da Maré que fez campanha para o deputado Marcelo Freixo, considerado seu o padrinho político. Em 2016 é eleita vereadora pelo PSOL com 46.502 votos, aos 37 anos. Foi a quinta parlamentar mais votada da cidade e a segunda mulher com mais votos.
Ruth Pinto de Souza nasce no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1921. Até os 9 anos de idade vive com a família em uma fazenda em Porto do Marinho, pequena cidade do interior de Minas Gerais. Com a morte do pai, ela e a mãe voltam a morar no Rio de Janeiro, em uma vila de lavadeiras e jardineiras, no bairro de Copacabana. Interessa-se por teatro ainda menina, quando assiste a récitas no Municipal. Pela Revista Rio, toma conhecimento do grupo de atores liderados por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro. Une-se ao grupo e faz sua estreia em O imperador Jones, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945, no palco do Municipal.
Glória Maria Matta da Silva foi uma jornalista brasileira. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou.
A estreia de Glória Maria como repórter aconteceu em 1971, pela Rede Globo, quando cobriu o desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.
Lélia Gonzalez foi uma intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira. Foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum.
ALFORRIA NÃO REPRESENTAVA UM SINÔNIMO DE LIBERDADE
Era necessário elaborar muitas estratégias de resistência para que um escravo se mantivesse liberto em seu cotidiano. Estar alforriado não o tornava legalmente um cidadão.
Memória
Resgatamos o passado para compreender o presente e ressignificar o futuro da história e da cultura afro-brasileira.
A educação, na história do nosso país, foi alvo de um projeto político e social que excluiu durante todo o período escravista e parte do período republicano, os negros (pretos e pardos) do direito de ascender socialmente. Tornando-se um dos elementos de luta e reinvindicação que, gradativamente, foi sendo conquistado por essa parcela da população e seus movimentos.
Sabemos, hoje em dia que “Raça” é um conceito social e político e não um dado científico a ser estudado ou comprovado por biólogos e geneticistas. No entanto, a experiência social do racismo, torna o conceito de raça absolutamente concreto e vivo nas práticas discriminatórias e preconceituosas dos racistas e de suas vítimas.
Alforria não representava um sinônimo de liberdade. Juridicamente, a alforria transformava um indivíduo considerado “coisa”, numa “coisa” liberta. Apenas o tirava do cárcere privado para que ele continuasse lutando por uma condição de vida livre, mas preso a uma sociedade estruturalmente escravista. Era necessário elaborar muitas estratégias de resistência para que ele se mantivesse liberto em seu cotidiano. Estar alforriado não o tornava legalmente um cidadão.
Os espaços públicos das capitais escravistas no século XIX funcionavam como territórios dinâmicos, ocupados não apenas por trabalhadores urbanos, como também artistas diversos. Nas praças, coretos e ruas várias interações e manifestações culturais tornavam-se possíveis entre escravos, libertos e livres.
Diante da dificuldade de empregar, ou melhor, submeter trabalhadores mestiços, pobres e livres, dentro de um regime de trabalho ainda servil. Os grandes proprietários de terras, em especial da cafeicultura paulista, maioria dentre os cargos políticos junto ao Império, recorreram a um plano de substituição desses trabalhadores “indolentes” por imigrantes estrangeiros.
No campo, o africano foi a força motriz dos canaviais e das roças de tabaco do Brasil colônia, bem como dos cafezais e algodoais na época do império.
BRANQUEAMENTO RACIAL
Você conhece a histórica teoria do branqueamento racial? Saibam quem são as personalidades negras que passaram por esse processo.
Agbá Mãe Lídia de Oxaguian durante o "Bembé do Mercado”, tradicional festa na cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia. Foto Raimundo Britto
Instalado em um sobrado de três pavimentos, do século XIX, seu nome é uma homenagem ao escritor e pesquisador da cultura maranhense Domingos Vieira FIlho. Foi criado em 1982, a partir do Museu do Folclore e Arte Popular e da Biblioteca do Folclore.