Heróis e Heroínas
Pesquise por personalidades que ampliam a visibilidade e a identidade negra em nosso país. Famosos ou anônimos, são protagonistas dentro da vasta e relevante história afro-brasileira.
Esperança Garcia
O ano era 1770 e uma mulher negra, mãe, escravizada, escreveu uma carta em 6 de setembro, endereçada ao governador da capitania do Piauí. Em ato de insurgência às estruturas que a desumanizavam, ela denunciava as situações de violência que ela, as companheiras e seus filhos sofriam na fazenda de Algodões, região próxima a Oeiras, a 300 quilômetros da futura capital, Teresina.
Hilária Batista de Almeida (Tia Ciata)
No Recôncavo baiano (Santo Amaro) dia 13 de janeiro de 1854 nasce Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata.
Tia Ciata, foi uma das responsáveis pela sedimentação do samba-carioca e tornou-se uma espécie de primeira dama das comunidades negras da Pequena África.
Juliano Moreira
Juliano Moreira é com frequência chamado de “fundador da psiquiatria no Brasil”. O que poucos contam é que ele era negro e africano de origem. Se não foi pioneiro no ensino oficial da disciplina no país, que teve início em 1881, com Nuno de Andrade e Teixeira Brandão, Juliano Moreira foi ao menos o primeiro professor universitário brasileiro a incorporar a teoria psicanalítica no ensino da medicina, isso sem esquecer seu papel inovador no atendimento de pacientes manicomiais.
Marielle Franco
Foi vendedora ambulante, dançarina, empregada doméstica e educadora infantil. Em 2006, Marielle integrou a equipe da Comunidade da Maré que fez campanha para o deputado Marcelo Freixo, considerado seu o padrinho político. Em 2016 é eleita vereadora pelo PSOL com 46.502 votos, aos 37 anos. Foi a quinta parlamentar mais votada da cidade e a segunda mulher com mais votos.
Ruth de Souza
Ruth Pinto de Souza nasce no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1921. Até os 9 anos de idade vive com a família em uma fazenda em Porto do Marinho, pequena cidade do interior de Minas Gerais. Com a morte do pai, ela e a mãe voltam a morar no Rio de Janeiro, em uma vila de lavadeiras e jardineiras, no bairro de Copacabana. Interessa-se por teatro ainda menina, quando assiste a récitas no Municipal. Pela Revista Rio, toma conhecimento do grupo de atores liderados por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro. Une-se ao grupo e faz sua estreia em O imperador Jones, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945, no palco do Municipal.
Glória Maria
Glória Maria Matta da Silva foi uma jornalista brasileira. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou.
A estreia de Glória Maria como repórter aconteceu em 1971, pela Rede Globo, quando cobriu o desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.
Lélia Gonzalez
Lélia Gonzalez foi uma intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira. Foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum.
Conceição Evaristo
Toda mulher negra brasileira é uma heroína, mas, neste caso, Conceição Evaristo se torna um ícone, pois sua imagem e trajetória de vida formam um exemplo para todas as mulheres negras neste país.
Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento, no interior de Minas Gerais. Nessa cidade, estudou somente até o segundo ano primário, no Colégio Allan Kardec, o primeiro colégio Espírita do Brasil, uma vez que foi obrigada a trabalhar desde criança. Ela se dizia descendente de escravizados.
Sueli Carneiro
Filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, Aparecida Sueli Carneiro Jacoel nasceu em São Paulo, em 1950. É Doutora em Filosofia pela USP e fundadora do GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra, sendo considerada uma das mais relevantes pensadoras do feminismo negro no Brasil.
Abdias do Nascimento
Abdias do Nascimento foi ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras.
Luiz Gama
Falecido quase seis anos antes de 13 de maio de 1888, Luiz Gama é um dos mais conhecidos abolicionistas negros brasileiros.
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