fontes audiovisuais


Vídeos e sobre a temática afro-brasileira

 

Heróis de Todo Mundo

Produção audiovisual que compôs o kit de formação dos professores no projeto “A Cor da Cultura”. Um acervo de 30 vídeos, de 2 minutos de duração cada, exibidos também no Canal Futura e na TVE no ano de 2005. Os vídeos retratam a vida e a obra de homens e mulheres negros que se destacaram nas diferentes áreas do conhecimento no Brasil.

 
 
  • Adhemar Ferreira da Silva nasceu em 29 de setembro de 1927, na cidade de São Paulo. De família pobre, começou a trabalhar muito cedo para auxiliar no orçamento familiar.

    Trabalhando de dia e estudando à noite, o jovem Adhemar só iria conhecer o atletismo aos 18 anos, quando começou a treinar em sua hora de almoço. Em seu primeiro salto, considerado excepcional para um iniciante, conseguiu a incrível marca de 12,90m.

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  • Antônio Francisco Lisboa nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 1730, filho da escrava Isabel com seu senhor, o mestre de obras português Manuel Francisco Lisboa. Antônio Francisco cresceu na oficina do pai, onde começou a aprender desenho, arquitetura e ornamentos, demonstrando especial interesse por escultura e entalhes. Lá aprendeu o ofício que o imortalizou. Na ocasião do falecimento do pai, ele já era um profissional reconhecido na sociedade.

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  • André Pinto Rebouças nasceu na Bahia, em 1838. Seu pai -- filho de uma forra e de um alfaiate português -- era um proeminente advogado (rábula), deputado e conselheiro de D. Pedro I. Sua mãe era filha de comerciante. Alguns de seus tios tornaram-se famosos no recôncavo: José tornou-se maestro da orquestra do Teatro de Salvador, Mauricio foi catedrático da Escola de Medicina da Bahia e, Manuel, alto funcionário da Justiça.

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  • Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 11 de julho de 1901. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.

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  • Auta de Souza nasceu em 1876, no município de Macaíba, Rio Grande do Norte. Seus pais morreram quando ela era criança e Auta foi criada pelos avós maternos em Recife. Com 12 anos, uma nova tragédia marcou sua vida: seu irmão mais novo morreu queimado em uma explosão, provocada acidentalmente por um candeeiro.

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  • Benjamin Chaves, posteriormente conhecido como Benjamin de Oliveira, nasceu em Pará de Minas, no estado de Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1870. Foi o quarto filho de Malaquias e da escrava Leandra.

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  • Carolina Maria de Jesus nasceu no interior de Minas Gerais, em Sacramento, no dia 14 de março de 1914. Vinda de uma família extremamente pobre, tinha mais sete irmãos e teve que trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Por isso, estudou apenas até o segundo ano primário.

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  • Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847. Seus pais -- uma mulata solteira e o Marechal Jose Basileu Neves Gonzaga, na época primeiro tenente -- só viriam a se casar quando Chiquinha tinha três anos. Por conta da família paterna, Francisca teve a educação esmerada dada às moças de boa estirpe no século XIX. Sua família gozava de certo prestígio, pois era parente distante do Duque de Caxias.

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  • Em 24 de novembro de 1861, nasceu João da Cruz e Souza, na antiga Desterro, hoje Florianópolis, capital de Santa Catarina. Filho de um casal de forros do Marechal Guilherme, teve uma educação esmerada, patrocinada pelos patrões de seus pais, dos quais adquiriu seu sobrenome.

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  • Em 24 de novembro de 1861, nasceu João da Cruz e Souza, na antiga Desterro, hoje Florianópolis, capital de Santa Catarina. Filho de um casal de forros do Marechal Guilherme, teve uma educação esmerada, patrocinada pelos patrões de seus pais, dos quais adquiriu seu sobrenome.

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  • Francisco José do Nascimento nasceu em 15 de abril de 1839, em Canoa Quebrada, Ceará. De família de pescadores, foi criado pela mãe, a rendeira Matilde, e ficou conhecido por muitos anos como o Chico da Matilde. Seu pai morreu tentando a vida num seringal na Amazônia, quando Francisco José ainda era garoto.

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  • Elizeth Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de julho de 1920. De família pobre, foi balconista, cabeleireira e operária de uma fabrica de sabão. Sua família era intimamente ligada à vida cultural da Praça Onze e costumava freqüentar a Casa de Tia Ciata, mesmo morando em Jacarepaguá. Aos 16 anos, em sua festa de aniversário, foi descoberta por Jacob do Bandolim. O convite para fazer um teste na Rádio Guanabara teve a oposição inicial de seu pai. Ainda assim, Elizeth se apresentou no dia 18 de agosto de 1936, no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na mesma semana, foi contratada pela rádio.

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  • José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, nasceu em Alagoa Grande, na Paraíba, em 31 de agosto de 1919. Vindo de uma família de artistas populares -- a mãe era cantora de pastoril --, sua história reforça a influência da cultura negra na música nordestina. Jackson é considerado um dos maiores ritmistas da história da MPB. Em 54 anos de carreira, foi responsável, ao lado de Luiz Gonzaga, pela popularização nacional de canções nordestinas.

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  • João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, em 1880. Filho de ex-escravos, aos 14 anos entrou para a Marinha, instituição que na época era composta por 50% de negros, 30% de mulatos, 10% de caboclos e 10% de brancos. A maioria dos marinheiros, assim, era composta por homens pobres, geralmente filhos de escravos, que recebiam salários irrisórios e eram constantemente humilhados. Os castigos físicos haviam sido abolidos no Exército em 1890, mas na Marinha persistia a aplicação de chibatadas, que recaíam principalmente sobre os marujos, pois ocupavam a base da hierarquia militar.

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  • José Correia Leite nasceu no dia 23 de agosto de 1900, em São Paulo. Vindo de uma família muito pobre, cedo teve que trabalhar. Foi entregador de marmitas, lenheiro e cocheiro. Autodidata, teve incentivo de uma antiga patroa, professora, para que estudasse sozinho.

    Tornou-se um dos expoentes do movimento negro brasileiro. Aos 24 anos, junto com Jayme de Aguiar, fundou o jornal O Clarim, rebatizado posteriormente de O Clarim d'Alvorada. Era um jornal feito por negros e para a comunidade negra, publicado entre os anos de 1924 a 1932.

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  • José Carlos do Patrocínio nasceu em Campos, no estado do Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1853. Era filho natural do padre João Carlos Monteiro, orador sacro de grande fama na capela imperial, membro da maçonaria, vereador e deputado de sua cidade. Sua mãe era Justina Maria do Espírito Santo, uma escrava entre os 92 cativos do padre João Carlos. José do Patrocínio passou a infância na fazenda paterna, onde pôde observar, desde cedo, a crueldade da escravidão.

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  • Juliano Moreira nasceu em uma família pobre, no dia 6 de janeiro de 1873, em Salvador. Muito jovem, em 1886, entrou na Faculdade de Medicina. Formou-se aos 18 anos, portanto antes da abolição da escravatura. Em 1891, tornou-se professor dessa mesma faculdade e, na época, já tinha trabalhos publicados em várias revistas científicas na Europa. De 1895 a 1902, freqüentou cursos sobre doenças mentais e visitou muitos asilos europeus (na Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Escócia).

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  • Nascida em Belo Horizonte em 1935, filha de um ferroviário com uma mulher de origem indígena, Lélia Almeida González veio para o Rio de Janeiro na década de 40. Graduou-se em História e Filosofia, fez mestrado em Comunicação, doutorado em Antropologia e foi uma militante constante da causa da mulher e do negro no Brasil.

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  • Filho de uma cozinheira com um marinheiro português, Leônidas da Silva nasceu em 6 de setembro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1931, começaria sua carreira como jogador de futebol no Bonsucesso, impressionando os dirigentes cariocas, que o convocaram para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções. Já famoso, Leônidas mudou-se para Vila Isabel, onde tornou-se vizinho e amigo de Noel Rosa.

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  • Afonso Henrique de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881, filho de um tipógrafo e de uma professora, ambos mulatos. Optou inicialmente pela carreira de engenheiro, mas teve que abandonar o curso em 1902, para assumir a chefia e o sustento da família -- órfão de mãe desde os sete anos, naquele ano via seu pai desenvolver uma enfermidade mental. A família mudou-se então para o subúrbio do Engenho de Dentro.

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  • Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de julho de 1830. Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia -- a primeira grande rebelião urbana de escravos da história do Brasil. Aos 10 anos, tornou-se cativo, vendido pelo próprio pai.

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  • Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Filho de um pintor mulato e de uma lavadeira portuguesa, foi criado pela madrasta após a morte de sua mãe e, posteriormente, de seu pai. A madrasta teria se empregado como doceira em um colégio do bairro e Machado a teria ajudado como vendedor de doces, quando pequeno.

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  • Filha de africanos, Eugênia Ana dos Santos, a ialorixá Obá Biyi, nasceu em Salvador em 1869. Mais conhecida como Mãe Aninha, ela foi feita no candomblé do Engenho Velho -- a casa de Mãe Nassô -- fundado por volta de 1830 e o primeiro a funcionar regularmente na Bahia. Saiu de lá para formar uma nova casa, o Ilê Axé Opô Afonjá, hoje considerado Patrimônio Histórico Nacional.

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  • Escolástica Maria da Conceição Nazaré foi o nome de batismo de Mãe Menininha do Gantois. Neta de escravos, ela nasceu em 10 de fevereiro de 1894, na cidade de Salvador. O Terreiro do Gantois foi fundado por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, em 1849. O popular nome do terreiro veio do francês (belga?) que era proprietário do terreno onde o templo foi construído.

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  • Mário Raul Moraes de Andrade nasceu em 9 de outubro de 1893, em São Paulo, filho de Carlos Augusto de Andrade e Maria Luisa Leite de Moraes. De família abastada, era afro-descendente por parte de pai e mãe. Suas avós, Manuela Augusta de Andrade e Ana Francisca de Andrade, eram primas entre si.

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  • Milton Santos é considerado o maior geógrafo brasileiro. Recebeu mais de 20 títulos de doutor honoris causa, escreveu mais de 40 livros e cerca de 300 artigos científicos. Lecionou nas mais conceituadas universidades da Europa e das Américas e foi o único estudioso fora do mundo anglo-saxão a receber a mais alta premiação internacional em sua especialidade, o Prêmio Vautrin Lud (1994), considerado o Nobel da Geografia. Milton Santos também foi o primeiro negro a obter o título de professor-emérito da Universidade de São Paulo.

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  • Paulo Benjamin de Oliveira nasceu em 17 de junho de 1901, no bairro da Saúde. Viveu por muitos anos na Praça Onze, até se mudar para Oswaldo Cruz, subúrbio carioca, no início da década de 20. De família pobre, começou a trabalhar cedo. No subúrbio, conheceu animadas rodas de pagode, assim como o Jongo e o Caxambu, de tradição banto. Pertencia à família definida, genericamente, como de origem Mina. Levou, portanto, para a nova comunidade a organização dos baianos da Praça Onze.

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  • Alfredo da Rocha Vianna Filho nasceu em 23 de abril de 1897, no bairro de Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro. De família numerosa e amante da música, cedo conheceria vários instrumentos -- aos 11 anos, já tocava cavaquinho com seus parentes. Pixinguinha estudou no tradicional colégio São Bento, de onde fugia, segundo Sérgio Cabral, para tocar naquele que seria o seu primeiro emprego, a casa de chope La Concha. Depois disso, apresentou-se em cassinos, cabarés e bares, tornando-se rapidamente muito conhecido nas noites da Lapa, reduto da boemia carioca.

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  • Teodoro Sampaio nasceu em 1855 na cidade de Santo Amaro, Bahia. Era filho de uma escrava do engenho Canabrava e, supostamente, do sacerdote Manoel Fernandes Sampaio, que o alforriou no batismo. Há quem registre, no entanto, que seu pai era o senhor de engenho Francisco Antônio da Costa Pinto. O próprio Teodoro, porém, jamais revelou publicamente a verdadeira identidade de seu pai.

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  • Hilária Batista de Almeida nasceu na Bahia em 1854. Aos 22 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, no êxodo que ficou conhecido como diáspora baiana. No Rio, formou nova família ao se casar com João Baptista da Silva, funcionário público com quem teve 14 filhos.

    Como todas as baianas da época, era grande quituteira. Começou a trabalhar colocando o seu tabuleiro na Rua Sete de Setembro, sempre vestida de baiana. Com tino comercial, também alugava roupas típicas para o teatro e para o carnaval.

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  • Zumbi nasceu em Palmares, em 1655. Era neto da princesa Aqualtune, filha de um importante rei do Congo. Ainda bebê, Zumbi foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Recebeu o nome de Francisco e uma educação formal. Aos 10 anos, já sabia latim e português e, aos 12, tornou-se coroinha. A inteligência do menino recebia elogios do padre, segundo relatam registros existentes.

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“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate.”

Paulo Freire